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Proibiram-me de amar!

05-01-2011 05:52

  

Vira a idade a transcender-se de mim sem nada poder fazer.

As moças todas namoravam e os rapazes as tinham como coisa própria.

Eram todos contra todos como uma autêntica guerra de leões famintos, sem que se conceda perdão a nenhuma mulher se quer.

Enquanto isso, dentre muitas histórias que podiam contar sobre os fenómenos que dominaram a malta, não podia viver a minha, com a Xiluva.

Não podia se quer desejar aquela flor mais cheirosa de todos os jardins dos amores.

O meu coração vivia e flutuava sozinho nas trevas do segredo de amar em silêncio, contorcendo-se da minha própria dor e desejo que em nada podia resultar.

Mas, nem por isso, deixaram de entusiasmar os meus olhos com o seu andar, muito menos, limitava-me de sentir o cheiro que ela soltava aos passos longos na zona, que aterrorizavam, ao mesmo tempo, os Muzondes, os Mabalanes e outros Tsopes, das redondezas.

Todos deliravam com os seus olhares especulares e bailavam ao ritmo da sua voz suave mais que o ar do Inverno, replicando-se a vingança da donzela que não olhara para nenhum rapaz na zona, muito menos eu.

Mas nem tudo estava perdido, pelo menos tinha sua admiração por mim, que a deixava mais próxima dos meus braços, os seus elogios que se referiam a minha pessoa como se não mais houvessem homens na zona, o jeito como dizia o meu nome e como olhava-me, faziam os anjos e demónios abandonaram os céus de inveja.

A cada dia que passava-se no bairro, os outros rapazes ferviam de inveja de mim e da sua admiração pela pessoa que muito eu era.

Também convencia-me que os seus olhos olhavam-me como o homem que podia satisfazer a sua fervura de donzela a procura de um rapaz.

Xiluva olhava-me com tanto amor, já mais visto na terra, era uma revelação encima da outra, beija a minha testa repetidas vezes num único encontro e esfregava o seu olhar molhado sob os meus olhos, roubava-me todo o sossego e ficava com migo fito um bebe no colo.

Xiluva, atraía a todos e até os pássaros de outras redondezas, mas continuamente, aquela donzela desejava-me como nenhuma outra mulher.

Todos sabiam que ra esse tal que ela queria como amante;

Todos cobiçavam o seu amor por mim, embora nunca se revelado;

Xiluva queria a mim e a minha sombra, misturado com os meus defeitos: bons e maus. Queria saber de mim e da minha pobreza que diferencia-me de todos os homens conhecidos.

Chegara o dia em que o amor ia se consumar, e nos revelaríamos um ao outro, entre os desejos cegando as nossas mentes e ocupando com demasiado medo os nossos corações.

Antes que dissesse que amava-me, Xiluva só tivera oportunidade de sorrir aos meus olhos molhar os meus lábios cegos, embriagando o meu pensamento de escuridão e satisfação ao seu único beijo dado em vida.

Xiluva morrera naquela hora e nas minhas mãos, assim como nunca vivera nestas terras.

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